Em meio às suspeitas de corrupção durante o Governo JK (em especial na construção de Brasília), com amplo apoio dos estratos médios urbanos e da UDN e utilizando-se de expediente evidentemente populista Jânio Quadros é eleito presidente em 1960.
Com um discurso altamente paternalista e populista, Jânio costumava andar com suas roupas propositadamente amassadas e não suficiente, carregar sanduíche de mortadela nos bolsos. Ao mesmo tempo fazia o possível para reforçar a imagem de um político honesto, utilizando como símbolo de sua campanha uma vassoura, acompanhado do jingle:
Varre, varre, varre, varre, vassourinha.
Varre, varre a bandalheira,
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira.
O governo Jânio Quadros durou apenas 7 meses e é marcado por medidas que variavam de insignificantes, extravagantes e desconcertantes, engendrando uma forte oposição interna, fruto, sobretudo, de uma rápida radicalização no sentido de uma política externa independente.
Em termos econômicos, assumindo o governo em um momento onde a inflação o custo de vida e a divida externa estava altos, o governo de Jânio Quadros se destaca pela austeridade fiscal, com cortes nos gastos públicos, “arrocho” salarial, combate a inflação e aumento da taxa de juros. Medidas extremamente desagradáveis, que rapidamente acabaram com a sua popularidade.
Simultaneamente, em termos de relacionamento externo, adotou muito rapidamente uma radicalização de seus discursos, assumindo uma política externa independente, recusando o alinhamento automático com os Estados Unidos, e restabelecendo relações diplomáticas com a União Soviética e com a China – mesmo sendo declaradamente anticomunista – declarando-se, ainda, abertamente contra a invasão de Cuba pelos Estados Unidos e dando apoio aos países africanos na luta pela independência frente a Portugal.
Não suficiente Jânio Quadros utilizava-se de factóides e singulares proibições, como no caso do uso de biquinis em concursos de beleza, as rinhas de galo, o lança-perfume em bailes de carnaval e o carteado. Contudo, seu ato mais ousado foi a condecoração do misnistro e ex-gerilheiro Ernesto Che Guevara com a Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
Tal medida descontentou grande parte dos setores militares e conservadores. A partir deste momento a UDN e, em especial, Carlos Lacerda se colocam publicamente em rede de televisão contra o governo de Jânio Quadros acusando-o de conspiração comunista e de planejar instaurar uma ditadura no Brasil.
Com uma frágil sustentação política, sem o apoio da UDN, desconcertando os setores militares e a tradicional submissão aos Estados Unidos, desagradando a direita e os setores conservadores com sua aproximação em relação aos países socialistas, combatendo os partidos de esquerdas e declarando-se anticomunista, e, não obstante, desagradando a população em geral com medidas factóides e com a desvalorização dos salários, Jânio Quadros cada vez mais carecia de estabilidade e apoio que sustentassem suas perípecias e ousadia política. Frente ao ataque explicito de Lacerda, Jânio Quadros surpreende a todos e no dia 25 de agosto de 1961 renuncia a presidência da República, deixando uma carta para ser entrege ao Congresso; pedido esse que imediatamente foi aceito.
Especula-se, por uma lado, que Quadros escreveu a carta em um momento de incerteza acreditando que não seria entregue. Diz-se ainda, que na verdade, tentava utilizar o seu apoio popular para aumentar seus poderes junto ao Congresso, neste caso, acreditaria que assim que anunciasse sua renúncia, o povo sairia às ruas exigindo sua volta ao poder. Neste caso, talvez se lembrasse da comoção que acompanhou a morte de Vargas; seja como for, a população não saiu às ruas, e o Congresso prontamente aceitou a renúncia, e Janio Quadros iniciaria um longo período de ostracismo político.
Com um discurso altamente paternalista e populista, Jânio costumava andar com suas roupas propositadamente amassadas e não suficiente, carregar sanduíche de mortadela nos bolsos. Ao mesmo tempo fazia o possível para reforçar a imagem de um político honesto, utilizando como símbolo de sua campanha uma vassoura, acompanhado do jingle:
Varre, varre, varre, varre, vassourinha.
Varre, varre a bandalheira,
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira.
O governo Jânio Quadros durou apenas 7 meses e é marcado por medidas que variavam de insignificantes, extravagantes e desconcertantes, engendrando uma forte oposição interna, fruto, sobretudo, de uma rápida radicalização no sentido de uma política externa independente.
Em termos econômicos, assumindo o governo em um momento onde a inflação o custo de vida e a divida externa estava altos, o governo de Jânio Quadros se destaca pela austeridade fiscal, com cortes nos gastos públicos, “arrocho” salarial, combate a inflação e aumento da taxa de juros. Medidas extremamente desagradáveis, que rapidamente acabaram com a sua popularidade.
Simultaneamente, em termos de relacionamento externo, adotou muito rapidamente uma radicalização de seus discursos, assumindo uma política externa independente, recusando o alinhamento automático com os Estados Unidos, e restabelecendo relações diplomáticas com a União Soviética e com a China – mesmo sendo declaradamente anticomunista – declarando-se, ainda, abertamente contra a invasão de Cuba pelos Estados Unidos e dando apoio aos países africanos na luta pela independência frente a Portugal.
Não suficiente Jânio Quadros utilizava-se de factóides e singulares proibições, como no caso do uso de biquinis em concursos de beleza, as rinhas de galo, o lança-perfume em bailes de carnaval e o carteado. Contudo, seu ato mais ousado foi a condecoração do misnistro e ex-gerilheiro Ernesto Che Guevara com a Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
Tal medida descontentou grande parte dos setores militares e conservadores. A partir deste momento a UDN e, em especial, Carlos Lacerda se colocam publicamente em rede de televisão contra o governo de Jânio Quadros acusando-o de conspiração comunista e de planejar instaurar uma ditadura no Brasil.
Com uma frágil sustentação política, sem o apoio da UDN, desconcertando os setores militares e a tradicional submissão aos Estados Unidos, desagradando a direita e os setores conservadores com sua aproximação em relação aos países socialistas, combatendo os partidos de esquerdas e declarando-se anticomunista, e, não obstante, desagradando a população em geral com medidas factóides e com a desvalorização dos salários, Jânio Quadros cada vez mais carecia de estabilidade e apoio que sustentassem suas perípecias e ousadia política. Frente ao ataque explicito de Lacerda, Jânio Quadros surpreende a todos e no dia 25 de agosto de 1961 renuncia a presidência da República, deixando uma carta para ser entrege ao Congresso; pedido esse que imediatamente foi aceito.
Especula-se, por uma lado, que Quadros escreveu a carta em um momento de incerteza acreditando que não seria entregue. Diz-se ainda, que na verdade, tentava utilizar o seu apoio popular para aumentar seus poderes junto ao Congresso, neste caso, acreditaria que assim que anunciasse sua renúncia, o povo sairia às ruas exigindo sua volta ao poder. Neste caso, talvez se lembrasse da comoção que acompanhou a morte de Vargas; seja como for, a população não saiu às ruas, e o Congresso prontamente aceitou a renúncia, e Janio Quadros iniciaria um longo período de ostracismo político.

UMA IDÉIA
Leandro - É muita sujeira, seu Jânio! São Cordilheiras!
Jânio - Com a industrialização de todo esse lixo quem sabe seu Leandro, se não salvaremos as finanças nacionais?!
THÉO. Careta, ano 52, 1960.
0 Comentários