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Primeira Guerra Mundial - 1 de 3

Diferentes estudiosos apontam causas diversas para explicar as motivações que levaram a Primeira Guerra Mundial. Para além das divergências podemos apontar alguns fatores que desencadearam a guerra.

Em primeiro lugar o choque entre os interesses econômicos conflitantes das grandes potências. Em face da expansão do capitalismo mo
nopolista e da industrialização era necessário buscar novas fontes de matérias-prima, mercados consumidores e territórios para onde fosse possível exportar e dinamizar os capitais excedentes.

Atrelado aos interesses econômicos tem-se, principalmente a partir de década de 1880, um novo ímpeto colonialista e imperialista. Trata-se de um novo tipo de dominação, amparado pelas novas tecnologias bélicas e efetivada rápida e intensivamente em grandes extensões territoriais da África e da Ásia. Como justificativa para a dominação desses continentes alegava-se, por um lado, uma suposta necessidade de levar a civilização para as nações atrasadas, e por outro, a eugênica afirmação de superioridade racial do homem branco. A América Latina também foi inclusa – mesmo que informalmente – no processo de neocolonização. Senão em termos de ocupação e subordinação explicitamente militar, tratava-se de uma dominação em se tratando de interesses econômicos.


As principais potências imperialistas eram a França e a Inglaterra. Contudo, a tardia unificação política da Itália e da Alemanha (que estava passado por um incrível processo de crescimento industrial e econômico) deixou esses países de fora da partilha dos territórios da África e Ásia. Esses países, em especial a militarista Alemanha n
ão se contentou em ficar de fora do lucrativo empreendimento neocolonizador. Nesse âmbito, o imperialismo consistia em um potencial ponto de atrito entre as potências européias.

Outro ponto de atrito na Europa dizia respeito ao espetacular crescimento da indústria alemã, que no início do século XX já havia superado a França e já ameaçava a Inglaterra. Em outras palavras, o crescimento econômico, industrial e militar da Alemanha abalava o equilíbrio entre as potências na Europa, construído ainda nos idos de 1815, quando da derrota definitiva de Napoleão. Tratava-se do surgimento de uma nova aspirante a potência hegemônica.

Ao mesmo tempo, temos o nacionalismo e o militarismo, que inflamavam os ânimos das nações recentemente unificadas, no sentido da resolução dos conflitos externos por meio da via bélica. Mas não somente nessas nações; no caso da França, por exemplo, havia o desejo de revanche e de recuperação dos territórios da Alsácia e da Lorena, perdidos para a Alemanha em 1870, na Guerra Franco-Prussiana. De autodeterminação dos povos, os ânimos nacionalistas foram rapidamente convertidos em desejo de expansionismo e da formação de grandes nações, como a “grande Alemanha”, “a grande mão Rússia”.

Tratava-se de uma paz armada, onde os países procuravam se preparar para uma situação de conflito que parecia inevitável. Muitos inclusive, faziam uma apologia à guerra, que nesse sentido seria encarada como algo necessário para o fortalecimento do homem, e, por conseqüência da nação.

Na cartoon abaixo os alemães são retratados como touros selvagens, que não hesitam em atacar suas vítimas (no caso as nações supostamente neutras, como no caso da Bélgica).

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