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Brasil Império: A introdução da mão-de-obra livre assalariada



A escravidão terminaria somente em 1888, contudo, ainda a partir de segunda metade do século XIX, já tem início, a introdução da mão-de-obra livre e assalariada, baseada nos imigrantes que começaram a chegar no Brasil. De uma forma geral a imigração teve dois momentos distintos:
  • O sistema de parceria – Neste caso, o fazendeiro era responsável por custear a viagem dos imigrantes europeus que se alojavam nas fazendas onde receberiam uma parcela de terra para o cultivo. Em contrapartida, os imigrantes deveriam entregar metade da produção ao fazendeiro, além de pagar todos os custos da viagem, a alimentação e ferramentas, a uma taxa de juros de 6% ao ano. No final das contas restava ao imigrante muito pouco daquilo que havia produzido. Além de tudo isso, os imigrantes tinham péssimas condições de moradia e não raro sofriam maus tratos e abusos. Obviamente não deu certo. 

  • Para substituir esse modelo – que não foi bem recebido na Europa – o governo brasileiro criou a imigração subvencionada, onde o Estado pagava os custos de vigem do imigrante europeu, procurando regular a relação entre os imigrantes e os fazendeiros garantindo uma renda mínima aos colonos.


Pode-se perceber que vinha a tona nesse momento uma questão imprescindível para o desenvolvimento do Brasil e para a inclusão das camadas populares, de fato, enquanto partícipes da nação: a distribuição da terra.

Em 1850, a elite latifundiária pressionou e consegui a criação da famigerada Lei das Terras, que determinava que todas as terras que estavam ocupadas (ou não) por particulares, mas que não tinham o devido título de posse deveriam ter registro obrigatório em cartório. Na prática, as extensas terras públicas somente poderiam tornar-se privadas por meio da compra. É obvio que dificilmente os ex-escravos ou imigrantes – muitas vezes paupérrimos – tinham recursos para adquirir sua terra. As elites latifundiárias, ao contrário, o tinham recursos ou então influência (ou os dois) para possibilitar a privatização de imensos territórios, no que pode ser considerado um dos maiores crimes ao desenvolvimento das classes menos favorecidas no Brasil.


Acima um exemplo da propaganda utilizada para promover a imigração para o Brasil. Lê-se no cartaz: "Venham construir os seus sonhos com a família. Um país de oportunidade. Clima tropical e abundância. Riquezas minerais. No Brasil voces poderão ter o seu castelo. O governo dá terras e utensílios a todos." A cartoon abaixo ilustra uma das inúmeras dificuldades encontradas pelos imigrantes ao chegarem no Brasil. 


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