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O período Napoleônico - 2 de 2

Em 1804, por meio de um plebiscito, Napoleão é aclamado imperador dos franceses. O período do Império (1804-1815) foi marcado pelas guerras de expansão. Alegava-se a necessidade de levar as conquistas da Revolução para o resto do mundo. A imagem de Napoleão assolava os monarcas europeus, e em pouco tempo, conquistou amplos territórios, mas a sua grande ambição, a Inglaterra, continuava intocada. Devemos lembrar, também, que o confronto entre França e Inglaterra, significa no plano das ambições desses países o confronto entre suas respectivas burguesias pelo controle de mercados e ampliação das possibilidades de lucro.

Mas, para conquistar a Inglaterra, teria necessariamente que ser através do mar, e na água a Inglaterra era hegemônica. Como estratégia, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, ou seja, nenhum país do continente poderia comercializar ou receber navios ingleses.

Em 1812 Napoleão alcançava sua máxima expansão territorial, mas internamente às criticas se acentuavam e no plano externo pululavam lutas nacionalistas. Em 1810 a Rússia rompe o Bloqueio Continental e volta a comercializar com os ingleses. Como represália Napoleão invade a Rússia em 1812, com uma tropa de 600 mil soldados. O resultado dessa invasão foi um dos maiores desastres militares da história. A Rússia adotou a tática de terra arrasada, ou seja, conforme iam fugindo dos invasores destruíam e incendiavam tudo que pudesse ser útil. Assim, as tropas de Napoleão alcançam Moscou, para apenas visualizar uma cidade fantasma que ardia em chamas. Em pouco tempo o inverno russo dizimaria as tropas alemãs, quebrando o mito de sua invencibilidade e incentivando os inimigos da França a se unirem: Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia, formando um gigantesco exército e partindo para a ofensiva, que obtém sucesso e consegue a ocupação da França em 1814.

Napoleão é enviado para a Ilha de Elba, no mar Mediterrâneo e quem assume o poder restaurando a Monarquia é ninguém menos que Luís XVIII, irmão de Luís XVI, o rei francês que fora guilhotinado pela Revolução. Inúmeros monarquistas emigrados retornam ao país e começa a perseguição aos ex-revolucionários e republicanos.

E nesse contexto que Napoleão foge de Elba, e acompanhado de 800 homens desembarca na França como herói. O rei Luiz XVIII manda tropas para prendê-lo, mas eis que elas se unem a Napoleão. O rei Luiz XVIII, talvez assolado pela lembrança do que aconteceu ao irmão resolve fugir e Napoleão reassume o trono francês. Contudo, os ingleses não permitiriam uma reestruturação do poder napoleônico, e organizam uma nova coalizão com mais de 1 milhão de soldados ocasionando a derrota definitivamente Bonaparte na Batalha de Waterloo, em 1815. Preso, Napoleão não é mandado novamente para Elba, e sim, para a distante ilha de Santa Helena, uma minúscula ilha no Atlântico, onde permanece até a morte, que ocorre em 1821.
No cartoon abaixo, publicada na Inglaterra, temos Napoleão na ilha de Elba. O diabo convida-o a cometer suicídio. Observe a referência ao trono. No lugar da águia imperial aparece um corvo e um velho canhão sinaliza a derrocada do poder Napoleônico.

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