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Independência da América Latina: O processo de emancipação

No espaço de 15 anos, entre 1810 e 1825 o império espanhol na América dissolveu-se. Pode-se dividir esse período em duas fases: entre 1810-16 um período marcado pela violência, onde várias Juntas Governamentais declaram-se independentes, ocasionando a repressão por parte da Espanha que em muitos casos consegue retomar brevemente o controle sobre suas colônias; posteriormente, entre 1817-25, a reorganização dos movimentos emancipatórios e a consolidação da independência. Para o processo emancipatórios foi fundamental o apoio da Inglaterra, que interessada em expandir suas possibilidades de comércio, não apenas apoiou os americanos, mas através da sua supremacia marítima reduziu drasticamente as possibilidades da Espanha enviar tropas para o continente americano.

Os primeiros a se declararem emancipados foram a Venezuela, México, Equador, Argentina, Paraguai e Uruguai. Nesse contexto várias lideranças se destacaram, entre as principais Simon Bolívar e San Martín.

Pode-se dizer que Bolívar era um homem a frente de seu tempo, que conseguiu perceber as circunstancia do momento e a condição em que se encontrava a América Latina. Entre os princípios defendidos por Bolívar pode-se destacar:

  • Nações livres, sem nenhuma interferência das potências estrangeiras e totalmente independentes, tanto política como economicamente;
  • União dos povos, tanto com objetivo de formar blocos, sejam políticos ou econômicos, como para discutir problemas de ordem mundial.

Bolívar sonhava em manter a unidade da América espanhola, onde prevalecesse a união das nações americanas com o objetivo de suportar a agressão e a opressão das grandes potências externas.

Contudo, os sonhos de Bolívar não se realizaram, muito ao contrário, o que se observou foi à fragmentação política da América espanhola. Entre os motivos que contribuíram para essa fragmentação, pode-se destacar:

  • Surgimento de diversas lideranças políticas e militares.

  • A amplidão dos territórios e a longa distância entre os principais núcleos de poder. Além disso, a própria dinâmica da colonização espanhola, vigente por séculos respeitava a máxima “dividir para melhor centralizar”, ou seja, a Espanha procurava desarticular as ligações entre os centros de poder na colônia, reduzindo assim a possibilidade de organização das diferentes regiões da colônia.

  • O desinteresse dos ingleses em relação à idéia de uma grande nação na América, nos moldes planificados por Bolívar.

  • As disputas pelo poder entre as oligarquias locais, além das diferenças culturais em se tratando do amplo território que consistia o Império espanhol.





San Martin

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