Swift

Revolução Industrial: Artesanato, Manufatura e Indústria (1 de 4)

A revolução industrial vai alterar drasticamente a relação dos homens com o seu trabalho, a forma de se produzir às mercadorias, incorporando-se até mesmo uma nova disciplina em relação aos espaços públicos e privados e em relação à própria temporalidade.

Para que possamos entender essas alterações devemos ter em perspectiva o contexto inglês e europeu do final do século XVIII. Por volta de 1780, o mundo ainda era essencialmente rural, os portos continuavam sendo a principal saída para o mundo, o mundo era pequeno em se tratando de possibilidades de deslocamentos e gigante em territórios desconhecidos. Nas cidades ainda predominava a produção de mercadorias através do artesanato.

Na produção artesanal, todas as etapas de produção são realizadas na maioria das vezes por uma única pessoa. O artesão até poderia ter auxiliares, mas ele conhecia todas as etapas para a confecção do produto, era dono das ferramentas e tinha acesso ás matérias primas necessárias, ou seja, ele detinha os meios necessários e o conhecimento em relação a todas as etapas de produção. Além disso, antes das transformações introduzidas pela Revolução Industrial, era o artesão quem decidia quantas horas trabalharia por dia, isto é, era ele quem controlava o tempo e a intensidade do trabalho.

Contudo, essa situação se alteraria no decurso da Revolução Industrial, onde as capitalistas e industriais fariam uso de um sistema de produção que já estava sendo utilizado e que é característico da transição do feudalismo para o capitalismo: a manufatura. 
Na manufatura, o capitalista reúne um numeroso contingente de trabalhadores em um espaço comum, uma oficina. Apesar de o trabalho ser essencialmente manual, cada um dos artesãos realizava uma etapa da produção da mercadoria: é o que chamamos de divisão técnica do trabalho. O artesão já não era responsável pelo produto do seu trabalho, ao contrário, recebia um determinado salário pelo seu tempo de dedicação ou por sua produtividade. A manufatura tinha como objetivo a potencialização dos lucros, mas, ao mesmo tempo, o controle rígido dos trabalhadores.

Abaixo uma cartoon que ilustra com precisão o princípio da divisão técnica do trabalho, defendido por Adam Smith. Na sequência temos abaixo uma ilustração que representa uma manufatura de algodão.



















You Might Also Like

0 comentários

Flickr Images