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EUA - Industrialização e expansão territorial

A nova nação precipitaria no decorrer do século XIX um incrível processo de industrialização no nordeste americano e de expansão territorial para o oeste. Essa expansão territorial está intimamente ligada como o movimento migratório. Para se ter uma idéia, no período entre 1840 e 1930 algo em torno de 40 milhões de pessoas abandonaram suas pátrias na Europa para se aventurar no sonho americano. A maioria dos imigrantes eram ex-artesãos esmagados pelo ímpeto da revolução nas indústrias européias, além de uma multidão de camponeses e pequenos proprietários expulsos e desalojados de sua forma de vida tradicional.

Para essas pessoas havia o sonho de trabalho nas indústrias do leste, muitas vezes transformado tal qual na Europa na constituição de um proletariado, ou como Marx descreveria, um exército de mão-de-obra de reserva para o processo  de industrialização. 
Contudo, num segundo momento, o sonho americano converteu-se na possibilide dade de acesso facilitado a terra no “despovoado” oeste, o que indubitavelmente contribuiu para o surgimento de novos estados e incorporação de novas territorialidades. A conquista do oeste significava, igualmente, a constituição de um contingente de produtores de alimentos para as cidades e de matérias-primas para o processo de industrialização no leste americano.

Em 1862, através da Lei do Povoamento, o governo americano legitima essa expansão, ofertando terras que deveriam ser cultivadas produtivamente pelo período de cinco anos, quando, então, poderiam ser reclamadas enquanto título de propriedade. Assim, ao mesmo tempo, a intensa imigração formou um proletariado urbano no Leste, e por meio de uma “distribuição de terras” nunca dantes vista formou um campesinato livre no Oeste.

A expansão territorial foi facilitada também pelo avanço da Revolução Industrial e a incorporação dos bens de capital, em especial a ferrovia, que possibilitou interligar largas distâncias no território americano. Por outro lado, os EUA usaram das negociações diplomáticas e conseguiram por meio da compra a incorporação de vastas regiões territoriais. Em 1803 compraram a Lousiana da França e em 1819 compraram Flórida que pertencia à Espanha.

Em sua impressionante expansão territorial rumo ao Pacífico e a formação de uma grande nação os então colonos americanos começaram a colonizar a região do Texas, que pertencia ao México. Em 1845 o Texas solicitou sua admissão como parte dos EUA. 
A indefinição fronteiriça e a disputa pela região do Texas fizeram com que os EUA e o México entrassem em guerra (1846-48), que acabou sendo vencida pelos americanos. Com a guerra os Estados Unidos incorporaram não só o Texas, mas um enorme território. Para se ter uma idéia, o México perdeu metade do seu antigo território.

Ainda em 1848 foi descoberto ouro na Califórnia (que tinha sido tomada dos mexicanos) o que acelerou ainda mais o processo de ocupação do oeste, feito por homens considerados desbravadores, pioneiros, em uma verdadeira imagem do “herói americano”. Contudo, essa ocupação encontraria a resistência de inúmeros povos indígenas que eram os verdadeiros donos desses territórios. No filme Dança com lobos podemos vislumbrar exatamente a idéia do colonizador americano na extrema fronteira e o contato com os povos indígenas.

Como resultados desse contato entre culturas diferentes ocorreu a aniquilação da maioria dos povos indígenas, e de seus recursos de sobrevivência (como os búfalos – os brancos se importavam apenas com a pele dos animais, e exterminaram as manadas). Ao mesmo tempo aconteceu a afirmação da suposta superioridade do homem branco em relação aos “peles-vermelhas”, que resultou em preconceitos e afirmação da inferioridade da cultura indígena americana.

Abaixo, uma interessante pintura, onde surge em primeiro plano uma mulher angelical, que está carregando a luz da civilização. Junto à civilização temos os colonizadores americano, que estão levando os cabos do telégrafo. Em contraste com os "civilizadores" temos os indígenas, que incivilizados estão sendo expulsos de seus domínios. Na sequência um mapa que ilustra a expansão territorial norte-americana, com a anexação de imensas porções territoriais.

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