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Imperialismo na Ásia

Por um longo tempo a Ásia foi cobiçada pelos europeus. Os produtos asiáticos eram o alvo da cobiça dos navegadores que romperam a barreira do Mar Mediterrâneo no século XV e XVI. Assim, a Ásia já era um continente bem conhecido no século XIX, e sabia-se que abrigava grandes civilizações milenares. 
 
Os grandes dominadores da Ásia durante a época do imperialismo capitalista do século XIX e XX foram os ingleses, principalmente pelo fato de terem dominado a Índia. Desde o século XVI os ingleses compravam produtos indianos – como tecidos finos – para vender na Europa com imensos lucros. Aos poucos os ingleses foram desalojando os comerciantes locais, até que o monopólio das atividades comerciais foi entregue a Companhia das Índias Orientais. Com o grande advento da Revolução Industrial, a Companhia passou a vender os produtos têxteis industrializados ingleses na Índia, acabando com as centenárias tecelagens indianas. 
 
De milenar e grande exportadora de tecidos finos a Índia passou a exportadora de matéria-prima, em especial o algodão. A dominação inglesa da Índia tem um lado aterrador: as mudanças nas relações de produção, com o deslocamento de milhões de trabalhadores para as atividades ligadas à exportação levou a Índia a enfrentar grandes períodos de carestia de alimentos, matando milhões de pessoas. Um dos episódios mais terrificantes da história da humanidade.

Os imensos lucros obtidos pelos ingleses na Índia possibilitaram que eles estendessem seus domínios em grande parte do continente asiático, incluindo parte da China e até a Austrália.

Da mesma forma que a Índia, a China causou fascinação aos europeus por centenas de anos. Os produtos chineses durantes séculos foram apreciados pelos europeus, que importavam as especiarias chinesas, movimentando a economia local. Enquanto a Europa atravessava o período feudal, marcado pela ruralização e pela descentralização do poder, o China esbanjava uma cultura refinada e altamente organizada. Contudo essa situação começaria a mudar no começo do século XIX, uma vez que os europeus descobriram um produto para ser vendido na Índia com grandes lucros: o ópio. 
 
Devido à dependência que causa, o ópio era proibido na China, mas, mesmo assim, os traficantes ingleses vendiam o produto, que era cultivado pelos ingleses na Índia. Como resposta aos traficantes e ao governo inglês, os chineses confiscaram cargas de ópio de navios ingleses e lançaram ao mar. Alegando prejuízo, a Inglaterra bombardeou inúmeras cidades inglesas, no que ficou conhecido como a Guerra do Ópio, que durou de 1839 a 1842 e que foi vencida pelos ingleses, amparados por sua supremacia naval. A derrota chinesa teve como conseqüência a abertura do país aos ingleses, inclusive, com o controle de Hong Kong, e, mais do que isso, alertou as demais potências européias para a fraqueza da China, que passou a ser acossada, ocupada e humilhada por inúmeros países.

Na Índia a carestia de alimentos, ocasionada pela desestruturação das relações de trabalho levou milhares de pessoas a morte. Nas duas cartoon seguintes, pode-se observar a partilha da China pelas potências imperialistas.


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