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Imperialismo na África

Até o começo do século XIX não existia muito interesse das potências européias em relação a África. O único país que tinha presença marcante no continente era Portugal, ainda com seus resquícios da época de ouro das Grandes Navegações. Essa situação, contudo mudou muito rapidamente. No final do século XIX, praticamente todo o continente africano era dominado pelas potências européias.

Marco inicial dessa colonização foi a ocupação da Colônia do Cabo pelos ingleses e da Argélia pelos franceses. Os franceses foram os primeiros também a adentrar o continente, e com isso se apossando de imensos territórios, não suficiente, dominando a população e obrigando-a a cultivar ou explorar produtos de exportação, como a borracha.


Os ingleses, por sua vez, se aproveitaram do não pagamento do financiamento relativo à construção do Canal de Suez, no Egito, situado entre o Continente Africano e Asiático, para após a sua inauguração em 1869 tornar o país um protetorado inglês. O Canal se tornou a rota marítima mais curta entre a Europa e o Oceano Índico, gerando imensos lucros para seus administradores.


As novas tecnologias bélicas foi um fator que facilitou amplamente a conquista da África pelos europeus. Foi a metralhadora, por exemplo, que abriu caminho para a colonização do Sudão pelos ingleses e do Chade pelos franceses, onde apenas 320 soldados da França massacraram mais de 10 mil africanos.


Para oficializar a partilha da África os europeus se reuniram em 1885 na Conferência de Berlim, onde redesenharam um novo mapa de acordo com seus próprios interesses. Ao fazerem essa nova divisão geopolítica os europeus misturaram culturas, línguas e povos diferentes, ou apartaram populações que tinham uma grande identidade cultural. Com o processo de descolonização da áfrica, iniciado somente no pós Segunda Guerra Mundial, esse grande barril de pólvora seria acesso, levando inúmeros países africanos a guerras e a verdadeiros genocídios. 





Abaixo a cartoon alemã de 1890 retrata um soposto "domingo a Tarde na África Ocidental". A imagem retrata os africanos ligados à selva, afirmando assim sua característica de um povo incivilizado, ligado a barbárie.


A imagem abaixo ilustra a natureza absurdamente violenta da ação imperialista na África.


Outro magnífico trabalho do brasileiro J. Carlos. Nessa cartoon temos uma inversão dos papéis comumente atribuídos a negros e brancos.

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