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Emprego, desemprego e subemprego


Definição de "emprego"

Emprego é a função e a condição das pessoas que trabalham, em caráter temporário ou permanente, em qualquer tipo de atividade econômica, remunerada ou não. Por desemprego se entende a condição ou situação das pessoas incluídas na faixa das "idades ativas" (em geral entre 14 e 65 anos), que estejam, por determinado prazo, sem realizar trabalho em qualquer tipo de atividade econômica”.


Alguns nuances teóricos


John Stuart Mill
: "Se pudermos duplicar as forças produtoras de um país, duplicaremos a oferta de bens em todos os mercados, mas ao mesmo tempo duplicaremos o poder aquisitivo para esses bens". De acordo com essa teoria existe uma relação auto-reguladora entre a produção e o emprego, sendo que o desemprego está relacionado com um momento de desajuste. O necessário ajuste viria quando os desempregados adentrassem novamente em ocupações produtivas, aceitando as novas condições impostas pelo mercado, quase sempre com salários menores.


John Maynard Keynes: Os seguidores de Keynes discordavam de Suart Mill se opondo a idéia de que o mercado cria mecanismos que o auto-regula. Os keynesianos advogavam que a situação de empregos para todos, ou "pleno emprego" é ilusória podendo ser raramente alcançada. Para Keynes "Quando a procura efetiva é insuficiente, o sistema econômico se vê forçado a contrair a produção (...) Não há meio de assegurar maior nível de ocupação, a não ser pelo aumento do consumo." Ou seja, não é aumentando a produção e os bens materiais que se consegue efetivamente o crescimento econômico das pessoas e o pleno emprego.


Somente o aumento de consumo, atrelado a efetiva renda das pessoas poderia levar a um crescimento da economia e a um maior nível de emprego. O grande problema é que o poder aquisitivo muitas vezes está concentrado nas mãos de poucos pessoas.


Marx. Para Marx o desemprego é necessário para o desenvolvimento do capitalismo. Mais que isso, parte dos trabalhadores se constituem enquanto um exército de mão-de-obra de reserva, que garante a reprodução do sistema e a concentração de renda e da propriedade nas mãos de poucos.



Classificação do desemprego de acordo com a sua origem


Desemprego estrutural - Característico dos países subdesenvolvidos. Explica-se pelo excesso de mão-de-obra empregado na agricultura e atividades correlatas e pela insuficiência dos equipamentos de base que levariam à criação cumulativa de emprego. Nesse sentido, o desemprego estrutural verifica-se quando o número de desempregados é superior ao número de trabalhadores que o mercado quer contratar e esse excesso de oferta de trabalhadores não é temporário.


Desemprego tecnológico - Atinge sobretudo os países mais adiantados. Resulta da substituição do homem pela máquina e é representado pela maior procura de técnicos e especialistas e pela queda, em maior proporção, da procura dos trabalhos meramente braçais.


Desemprego conjuntural - Também chamado desemprego cíclico, característico da depressão, quando os bancos retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder de compra dos assalariados cai em conseqüência da elevação de preços.


Desemprego friccional - Motivado pela mudança de emprego ou atividade dos indivíduos. É o tipo de desemprego de menor significação econômica.


Desemprego temporário - Forma de subemprego comum nas regiões agrícolas, motivado pelo caráter sazonal do trabalho em certos setores agrícolas.


Nos países capitalistas, a desocupação de 3% da força de trabalho é considerada normal e só acima desse índice é que se fala em desemprego. Há quem considere essa cota necessária ao desenvolvimento da indústria: afirmam que certa porcentagem de desemprego é salutar à economia, por constituir reserva de mão-de-obra para a expansão industrial.

 

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