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Marx e o trabalho alienado

Marx e Engels estudando as mudanças pela qual a sociedade passou ao longo do tempo afirmaram que o capitalismo, inevitavelmente, seria superado e destruído, e que esse papel caberia à classe trabalhadora, que ao tomar conhecimento de sua força, teria um papel decisivo na conformação de uma nova ordem social. Desta forma, os trabalhadores, como uma classe revolucionária, colocariam abaixo a ordem capitalista.

Vamos analisar a seguir algumas das principais idéias de Marx e Engels, os principais representantes do pensamento socialista, em especial as idéias acerca do trabalho alienado.


Teoria da mais-valia – Através dessa teoria, Marx procurou demonstrar a maneira pela quais os trabalhadores são explorados. Mais-valia consiste na diferença entre o valor total da riqueza produzida pelo trabalhador e o salário que ele recebe. Como o objetivo do capitalismo é o acúmolo de capitais, a tendência observada por Marx era a de se pagar o mínimo possível para os trabalhadores com o objetivo de acumular capitais utilizando-se para tanto da exploração desenfreada do trabalho alheio.


Teoria da Luta de Classes – Segundo essa teoria, durante toda a história da humaninade há um continuo conflito entre explorados e exploradores. As diferentes condições econômicas da história sempre colocaram frente a frente esses grupos antagônicos.


Para Marx e Engels o conceito de luta de classes encontra a sua comprovação na averiguação das condicionantes históricas e sociais. Segundo ele, os trabalhadores deveriam se organizar e criar a consciência de classe, assim mostrar-se-iam as condições necessárias para se alcançar a “ditadura do proletariado”, etapa que instalaria o socialismo, condição indispensável para a posterior instalação do comunismo.


Para alcançar a consciência de classe, os trabalhadores deveriam levar em conta uma nova perspectiva em relação ao trabalho, que passa necessariamente pela observância a respeito do trabalho alienado.


A ídeia e a de que a sociedade industrial formatou o trabalho alienado, onde o “ser” e substituído pelo “ter”, ou seja, uma sociedade pautada sobretudo pela produção de mercadorias. Nessa sociedade o trabalho se manifestaria de quatro formas principais:


O estranhamento do homem, do sujeito trabalhador, em relação a objetivação do seu trabalho. Neste caso, o trabalhador não se identifica ou domina a totalidade de seu trabalho. O seu trabalha lhe é estranho, ele não compreende o objetivo ou finalidade das operações que executa, tornando-se assim um escravo de seu próprio trabalho, um mecanismo uma máquina. Esse estranhamento do homem em relação ao seu trabalho levaria os indivíduos a um embrutecimento.


O estranhamento do homem com relação ao objeto do seu trabalho. O trabalhador não reconhece e não é dono do produto final do seu trabalho.


O trabalho enquanto fonte de satisfação de suas necessidades. Neste caso o trabalho existe apenas como forma de obtenção e satisfação das necessidades criadas pelo homem. O trabalhador torna-se verdadeiramente escravo de suas necessidades, destinando toda a sua vitalidade e força criativa a simples obtenção de mercadorias. Em última instância o próprio homem se confunde com os suas necessidades transformando-se ele mesmo em uma mercadoria.


O trabalho enquanto uma contínua luta pela sobrevivência. Aqui o trabalhador emprega todas as suas energias na obtenção de meios de sobrevivência.

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