Padrões organizacionais no mundo contemporâneo


Outras características do toyotismo e de padrões organizacionais no mundo contemporâneo:
  • Implementação de novas rotinas que tornam a empresa conpetitiva; contudo, muitas vezes a busca pela competitividade implica num aumento da exploração do trabalhador, da mais-valia.

  • Estabelecimento de “círculos de controle de qualidade”. Os novos padrões organizacionais valorizam o conhecimento e a informação. Diferentemente do modelo fordista, busca-se agora trabalhadores com um alto grau de conhecimento e capacitação; de certa forma, não é injusto dizer que muitas vezes, inplicitamente, o objetivo mais da empresa é se apropriar desse conhecimento intelectual e cognitivo do trabalhador.

  • Recentemente, não é difícil perceber a adoção empresarial do “politicamente correto”. Por um lado, os trabalhadores são chamados a colaborar em prol de causas maiores (normalmente demandas sociais); pode-se perceber, neste caso, uma apropriação da boa vontade alheia, onde o esforço individual dos trabalhadores é convertido “sinergicamente” em esforço da organização. Por outro lado, o próprio consumidor, é cooptado a consumir produtos que reverteriam investimentos em causas justas, ou então estão de acordo com novas exigências sociais (por exemplo, não agridem a natureza).

  • Papel preponderante da mídia e da propaganda.

  • Longos treinamentos e uma grande carga de responsabilidades repassadas ao trabalhador, com controle extremo de produção, inclusive com metas (há de se observar, que na maioria das vezes o lucro real não é compartilhado com os trabalhadores.

  • Surgimento de novos complexos de produção de alta tecnologia, como por exemplo, o Vale do Silício, na Califórnia, onde se estabeleceram inúmeras empresas de alta tecnologia.


Com relação ao trabalhador busca-se novos valores, formatando o seguinte perfil profissional:
  • Trabalhar em equipe.

  • Constante atualização e aprendizado contínuo.

  • Ter uma visão global das coisas.

  • Capacidade de se adaptar a mudanças.

  • Polivaência, agilidade e flexibilidade.


Por fim, entre as consequências gerais dos novos modelos de organização, podemos destacar:
  • Retrocesso do poder sindical

  • Acumulos inimagináveis de capital

  • Fraudes de competitividade

  • Redução do emprego regular

  • Flexi-tempo (o trabalhador programa o seu tempo e local de trabalho). Com relação a esse último item é importante destacar que a adoção do flexi-tempo é uma realidade possível a uma minoria de trabalhadores, é mesmo assim, normalmente não diminui o controle ou a intensidade do trabalho, muito ao contrário, o trabalho tende a se estender amalgamando-se a própria vida do indivíduo.

Apesar da alardeada "sinergia" e trabalho em equipe, nas horas decisórias o poder indubitavelmente está muito bem localizado. Abaixo temos uma possível iterpretação em relação a muitos e reais organogramas organizacionais.

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