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Fases da Globalização

Primeira Fase

A primeira fase da globalização e marcada pelo estabelecimento de feitorias, ou postos comerciais pelo mundo – quase sempre sendo necessário o apoio dos canhões europeus para garantir seus interesses.

Nessa fase, se tem, igualmente a migração de milhares de europeus e africanos para o continente americano, com o objetivo de colonizar as novas terras “descobertas” visando a exploração das riquezas naturais ou o desenvolvimento das monoculturas para exportação (as chamadas colônias de exploração). Tendo como objetivo conseguir mão-de-obra para o desenvolvimento das plantações a América vai receber mais de 11 milhões de africanos que, escravizados, consitituirão a principal mão-de-obra em países como o Brasil (quase metade desses escravos apartaram no Brasil). Na região da América do Norte, tivemos ainda a formação das colônias de povoamento, geralmente de migrantes puritanos que fugiam das perseguições religiosas e intentavam um novo começo na América. 

Consequência ainda do processo de globalização, não se deve esquecer da catástrofe demográfica indígena, que em algumas regiões foi reduzida em mais de vinte vezes tendo como base a população original. A violência as doenças e o utilização do trabalho dos indígenas destruiu em muitos locais as suas formas de vida. 

O principal objetivo e característica econômica consistia no acúmulo de riquezas, de todas as formas possíveis e imagináveis, e é claro, nesse sentido, as colônias conquistadas pelos europeus sofriam com a prática do monopólio, servindo aos própositos de acumulação de capitais das colônias. 

Segunda fase

A segunda fase da globalização relaciona-se com o advento da Revolução Industrial. No final do século XVIII e durante o século XIX, primeiramente a Inglaterra e depois, outras potências vão passar por um intenso processo de industrialização, onde a tecnologia impulsionará os interesses da burguesia industrial mundo afora, dando origem a uma onde imperialista, ou neocolonialista.

O termo imperialismo deriva do latim e significa “ter o poder de mandar”. Em poucas palavras, trata-se da imposição de um controle direto ou indireto de um estado, povo ou nação sobre outro.

A história está repleta de exemplos de grandes conquistadores que adotaram práticas imperialistas para dominarem imensas extensões territoriais, riquezas e povos. Um exemplo de um grande império na antiguidade foi o de Alexandre o Grande, que dominou as cidades gregas e subjugou a Ásia, tendo aos seus pés todo a mundo habitado e conhecido da época.

No século XIX, contudo, o imperialismo vai adquirir uma nova roupagem, buscando atender os interesses da burguesia industrial e financeira. A entrada de novos países na corrida industrial fez com que se ampliasse a busca de territórios que fornecessem matérias-prima e que se constituíssem enquanto mercados consumidores e áreas para investimentos de capitais excedentes.

Como resultado, os países que já haviam conquistado colônias havia muito tempo, como o caso da Inglaterra e da França, faziam questão de manter o seu domínio sobre essas regiões. Outros países que entraram tardiamente no clube imperialista como a Alemanha e a Itália estavam insatisfeitas com os retalhos territoriais que haviam conseguido, fazendo, inclusive, com que a Alemanha, por exemplo, adotasse uma política agressiva de expansão, que consiste em um dos motivos que desencadearão a Primeira Guerra Mundial.

No imperialismo de finais do século XIX o estado tinha, portanto, a função de conquistar territórios e povos que facilitassem a expansão do capital interno e da industrialização do país. Nesse sentido, era bastante comum os estados europeus mandarem tropas par submeter os povos nativos e organizar e administrar as regiões dominadas. Esse ímpeto imperialista levará a partilha do continente Asiático e Africano, além da dominação informal de toda a América Latina.

Contudo, para dominar e subjugar imensas regiões e milhares de pessoas era necessário algumas justificativas. Elas existiam e eram apoiadas por amplos setores da sociedade dos países imperialistas que se sentiam superiores às populações dominadas. Entre as falácias que justificavam essa dominação pode-se citar:

• A necessidade de levar o progresso e a civilidade para as nações atrasados. Segundo essa lógica, os povos dominados eram considerados atrasados e incivilizados e cabia às nações européias a missão de civilizar essas regiões errantes.

• O etnocentrismo, que se baseava na idéia de que alguns povos eram superiores a outros. Neste caso os europeus eram superiores a asiáticos, indígenas e africanos. 

• Darwinismo social. Baseado na teoria da evolução de Darwin defendia que a teoria da seleção natural aplicava-se às sociedades humanas, e neste caso, os europeus eram mais evoluídos, progrediam mais rapidamente, tendo o direito, portanto de quando em contato com os “selvagens” subjugá-los e crescer à custa de seu sacrifício. Ou seja, por serem menos evoluídos estariam condenados a extinção.

Trata-se, portanto, de uma expansão do capital industrial em busca de matérias-primas, mercados consumidores e locais propícios para rentabilizar os investimento. 

Entre as características dessa segunda fase da globalização, pode-se citar:

• Uma nova postura em relação a escravidão. Uma vez que se procura espandir os mercados em busca de consumidores, a escravidão passa a ser vista como retógrada, ou seja, escravo não recebe salário e não consome mercadorias industrializadas. 

• Migração de milhões de europeus para América.

• Novas invenções que aproximam as pessoas, como o trem, o barco a vapor, o telégrafo e o telefone e o avião.

Terceira fase

A processo de globalização recente é marcado pelo prevalecimento do sistema capitalista sob a égide dos Estados Unidos. Como consequência, essa fase da globalização é marcada pelo domínio irrestrido do dólar e do inglês e da disseminação dos valores culturais norte-americanos. Alguns especialistas chamam essa fase da globalização de americanização. Entre as características dessa terceira fase pode-se destacar:

• O domínio de grandes corporações que detém grandes investimentos espalhados por todo o planeta. A nacionalidade da maioria dessas corporações é norte-americana, européias ou japonesas. Como possuem dinheiro para investir na ciência acabam dentendo o monopólio da tecnologia. 

• Disseminação dos valores democráticos pelo mundo (112 de 182 integrantes da ONU).

• Padronização cultural e uma significativa redução da discriminação motivada por sexo, raça e religião.

• Esmorecimento das fronteiras nacionais e formação de grupos de interesses como o G-7 e mercados regionais e intercontinentais como o Nafta a Comunidade Européia e o Mercosul. (EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Canadá, Itália e Japão). 

• Novas tecnologias de aproximação, como os satélites e a internet. 

• Dificuldade de determinar a origem de determinados produtos, ou seja, a divisão internacional do trabalho, gerando muitas vezes o subemprego.

• Aumento da consciência ecologica e de se estabelecer uma determiada ética no trabalho.


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